22 de out. de 2016

Periphery - III : Select Difficulty



Nota; 7,00


O Periphery vem conquistando fãs e ganhando renome na cena do chamado Djent, um dos pioneiros da nova geração do estilo, que apesar das controvérsias vem mostrando maior evolução e maturidade, aparando os excessos, os mesmos que ainda aparecem e incomodam um pouco.

Em III, os caras escolheram uma direção mais visceral com andamentos mais matemáticos e ríspidos, mas sem abrir mão do caldeirão de estilos como passagens Jazzisticas, melodias que grudam na mente e harmonias hipnotizantes, é inegável que o sexteto vem ganhando em personalidade, mas da mesma forma ainda recai sobre alguns clichês.


Os arranjos intrincados recheados de guitarras e peso desembocam em momentos de pura fúria, logo de cara na potente The Price Is Wrong, primeira música do novo trabalho, é o símbolo dessa cara mais visceral, uma explosão sonora, mas o destaque fica mesmo para o fantástico solo de Mark Holcomb, um dos três guitarristas da banda, os adiamentos sincopados de Motormouth dão um nó na cabeça do ouvinte, tamanho os loops e trocas de andamentos, Spencer Sotelo manda bem nos vocais alá Corey Taylor no Slipknot fase Iowa.


Mas aqui sou obrigado a fazer uma observação que vale para todo o registro, três fanáticos guitarristas poderiam explorar mais as melodias e solos, como fizeram no lançamento anterior, fica faltando guitarras solos e mais harmônicas, exemplo disso é  Marigold, que caberia um belo solo.


O disco acaba em alguns momentos exagerando no conceito de unidade sonora, e homogêneo e bem construído mas carece de destaques, ainda mais quando falamos de uma banda com músicos excepcionais, The Way The New Goes tem uma pegada fusion indefectível que desemboca com blasting beats e vocais limpos, e uma ótima linha de baixo, Remain Indoors é uma das músicas que merecia melhor acabamento nas guitarras, graças a sua cadência e boas melodias, ficou no quase.


Habitual Line Steper faz mais referências a Iowa do Slipknot com toda sua aura de caos, sem abrir mão da execução perfeita, o baterista de Mat Halpern segura toda complexidade na ponta dos dedos, Flatline passa batida, e Absolomb destrói tudo com um belíssimo solo de Misha Mansoor e excelentes melodias vocais, um momento que mostra o melhor do Periphery. Lune fecha III de forma mais serena.


Confesso que esperava mais do Periphery, estamos longe de um disco ruim, mas faltou mais melodias, principalmente nas guitarras.



III: Select Difficulty  (2016)




A Banda

Misha "Bulb" Mansoor – (Guitarra Solo) 
Jake Bowen – (Guitarra Ritmica e  backing vocals) 
Matt Halpern – (Bateria e Percussão)
Spencer Sotelo – (Vocais)
Mark Holcomb – (Guitarra Ritmica)
Adam "Nolly" Getgood – (Baixo)

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