31 de mai. de 2013

Test Time Review # 6 - Dead Heart In A Dead World (2000)




"O tempo passa muito rápido" quantas vezes o amigo leitor ouviu essa frase na sua vida? Inúmeras, principalmente dos mais velhos, e com o tempo você percebe que trata-se de uma  verdade, em várias etapas e aspectos de sua vida você adquiri tal percepção, nas fotos, nas responsabilidades e para quem é fã de música, nos discos que você ouve ao longo do tempo.

 E quando aquele lançamento que marcouseu passado vira um clássico? Wow! Percebemos que as coisas andam bem rápidas, e isso me traz a memória quando fui à loja e comprei o então lançamento "Dead Heart In A Dead World" do Nevernore, um dos álbuns mais aclamados do fim dos anos 90, inicio dos 2000's.

Um disco que mostrou os  caminhos que o Heavy Metal seguiria em sua trigésima década de existência.


A Banda

O Nevermore era formado por:

Warrel Dane (Vocais)
Jeff Loomis (Guitarra)
Jim Sheppard (Baixo)
Van Williams (Bateria)


O Contexto

Quem se lembra das perspectivas do Heavy Metal no fim dos anos 90 e inicio dos 2000's? Era um cenário pouco agradável, nos Estados Unidos, o estilo viva a onda do New Metal que produzia boas bandas, mas também inflava o mercado com muitos artistas de qualidade duvidosa, na Europa e América do Sul  o Power Metal e o Black Metal Sinfônico traziam uma enxurrada de clichês, que apesar do sucesso, já mostravam um desgaste criativo na cena.

O Nevermore, banda oriunda das cinzas do Sanctuary (tocavam um power/thrash típico do Metal Americano dos anos 80) construía sua carreira em meio a esses cenários aos quais ela não se encaixava, e talvez por isso via sua popularidade aumentar graças a diversidade de sua sonoridade, grandes álbuns como Nevermore (1994), Politics Of Ecstasy (1996) e Dreaming Neon Black  (1999) mostravam originalidade e potencial , entretanto faltava um registro para impulsionar a carreira desta banda de Seattle.

Dead Heart In A Dead World trouxe tal impulso e o o Nevermore entrou em uma trajetória de ascensão, ao mostrar que existia muita coisa a ser explorada na música pesada.

As Impressões do passado

Quando ouvi DHIDW em seu lançamento tive um choque, um amigo meu comprou o CD uma semana antes de mim, e eu que já possuía os três primeiros álbuns da banda duvidava que poderiam entregar algo diferente, até ouvir os primeiros acordes de Narcosynthesis, aqueles timbres eram pesados e a produção soava extraordinária!

Pois bem, peguei o cd emprestado e ouvi por umas semanas, até ir comprá-lo e completar a coleção dos caras, eu tinha certeza que estava ouvindo algo que marcaria época.  Os reviews eram positivos, e a imprensa mundial já colocava o álbum num pedestal de clássico.

 A mistura da brutalidade com algumas baladas melancólicas, deixou o conteúdo musical diversificado, me lembro de ter sido surpreendido com tamanha diversidade e maturidade do Nevermore, que dava um grande  passo a frente em sua carreira.


Como o álbum envelheceu?


A combinação de músicos competentes e talentosos com um produtor musical inspirado faz com que DHIDW envelheça muito bem, ou melhor, não envelheça, pois chega a impressionar como este ainda soa atual mesmo 13 anos após seu lançamento.


A mudança teve um nome, Andy Sneap, que assumiu a produção e teve um papel fundamental para a revolução sonora aplicada no album, com timbres pesados e uma mixagem de primeira, sugeriu o uso de guitarras de 7 cordas para Jeff Loomis, um grande prodígio das guitarras, fez Warrel Dane soar mais melódico, mas também furioso e melancólico, aprimorou a sonoridade  na sessão rítmica, dando a esse registro um peso e um vigor sensacional.

Impossível não se empolgar com Narcosynthesis sua abertura com um riff abafado e o bumbo duplo ditando o ritmo e abrindo espaço para os vocais insanos de Warrel Dane. O vocalista arrisca notas mais altas como nos tempos de Sanctuary em We Destintegrate, mais tradicional, resgatando um pouco o Metal Tradicional, com  grande refrão que marca o ouvinte logo de cara.

Inside Four Walls flerta com o New Metal com seu andamento quebrado e as guitarras de baixa afinação. Muito bem arranjada, mostra  um show de Sheppard e Williams, combinado com um refrão melódico traz uma mistura interessante e original.

Em The River Dragon Has Come ouvimos todo o talento e qualidade de Jeff Loomis que comanda sua guitarra com perfeição, do dedilhado incial, passando pelo melhor riff de sua carreira até então, culminando em um solo extraordinário. a melhor música do álbum, um clássico.

Nem só de pedradas se faz um bom álbum, The Heart Collector e o hit Believe In Nothing são duas power ballads melancólicas, com ótimos arranjos e um show de interpretação de Warrel Dane que além de grande vocalista é um ótimo interprete.

Porradas Thrash Metal dão as caras com Engines Of Hate e Dead Heart In A Dead World, que com um começo lento engana o ouvinte, despejando  muito peso e fúria após os minutos inciais. As letras do álbum são fortes e muito bem escritas, vale serem destacadas.

Dead Heart In A Dead World é um grande clássico do Heavy Metal!


Track List 

1. Narcosynthesis
2. We Disintegrate
3. Inside Four Walls
4. Evolution 169
5. The River Dragon Has Come
6. The Heart Collector
7. Engines Of Hate
8. The Sound Of Silence (Paul Simon cover)
9. Insignificant
10. Believe In Nothing
11. Dead Heart In A Dead World



Vídeo Clipe de Believe In Nothing




The River Dragon Has Come





Notas:


  1. All The Covards Hide e Chances Three foram B-sides das sessões de gravações lançadas em singles e edições especiais
  2. O respeitado jornalista Martin Popoff editou o livro TOP 500 Heavy Metal Albuns e colocou o album  ficando na 86ª posição veja aqui

27 de mai. de 2013

UFC 160 - Velasquez e Cigano em rota de colisão!

O UFC 160 marcou o retorno dos pesos pesados ao card principal do maior evento de MMA do mundo, Junior Cigano nocauteou o perigoso Mark Hunt e Cain Velasquez passou por cima de Antonio "Pezão"Silva, em uma grande noite com bons combates.

Junior "Cigano"voltou ao octagon após sua contundente derrota para Velasquez em Dezembro de 2012, seu oponente Mark Hunt, vinha em ascensão após 4 vitórias consecutivas contra bons nomes da categoria. Cigano dominou o combate, mas tomou alguns sustos quando a troca de golpes ficou mais franca, chegou a tomar golpes pesados (chegou a balançar), e mostrou bom queixo, Hunt tomou knockdown no primeiro round, e resistiu a pressão, foi derrubado pelo brasileiro no segundo round após levar vantagem na troca de golpes.

Quando a luta parecia definida, Cigano vencia bem mas queria mais, tirou um belo chute rodado da cartola que derrubou o ex-campeão do K-1, que atordoado recebeu mais um golpe no chão, sendo nocauteado.

Cigano nocauteando Hunt!


Cigano venceu bem, e mostrou melhoras em seu jogo, mas continua com um chão fraco, que pode e deve ser melhorado para enfrentar Velasquez.

No evento principal não tivemos surpresas, Velasquez é rápido, forte, e bem condicionado, Pezão não teve chances, e recebeu um direto no queixo, no chão o americano não deu maiores chances e golpeou o brasileiro diversas vezes,  sem reação Mario Yamazaki foi obrigado a parar a luta (COM TODA RAZÃO). Velasquez manteve seu cinturão.

Velasquez liquidando a fatura


Agora Cigano e Velasquez vão para o tira teima, em um combate que promete ser uma guerra, ambos se conhecem bem, e Cigano pode naturalmente retomar seu cinturão!

Glover Teixeira finalizou James Te Huna com uma guilhotina no primeiro round, e confirmou sua trajetória ascendente, TJ Grant surpreendeu Gray Maynard com um belo nocaute no inicio do primeiro round e Donald Cerrone confirmou seu favoritismo vencendo KJ Noons na decisão dos juízes!

Glover finalizando numa guilhotina justa!



Faltou pouco para cravar mais um card com 100% de acerto, rumo a reação!

Resultado dos palpites: 1 Erro (TJ Grant)  4 Acertos (Donald Cerrone, Glover Teixeira, Júnior Cigano e Cain Velasquez)
Placar Geral: 36 Acertos e 24 Erros =  60% de Acerto

24 de mai. de 2013

Palpites UFC 160 - Velasquez x Silva II




Mais uma edição do UFC, desta vez em Las Vegas no MGM Grand Garden Arena, Cain Velasquez defende seu cinturão contra Antonio "Pezão"Silva pela categoria dos Pesos Pesados.

 Um ano atrás, eu estava lá in loco, e vi o então ex-campeão passar por cima do brasileiro.  Desta vez as coisas podem ser diferentes numa revanche, mas o americano é amplo favorito.   

Ainda teremos   Júnior Cigano contra Mark Hunt  no co-main event, sendo que o vencedor vai para a tittle shot.
favorito, 

E como sempre vamos aos palpites do card principal!


Donald Cerrone (19-5) vs KJ Noons (11-6)


Um duelo interessante de pesos leves, KJ Noons possuí um bom boxe e é bem ágil, Cerrone é mais completo, bom em pé e bem versátil no chão. Palpite: Cerrone vence.

Gray Maynard (11-1-1 ) vs TJ Grant (20-5) 


Maynard busca sua redenção, quer a luta pelo título para isso tem que vencer TJ Grant que vem em ascensão dentro do evento, dois bons desafiantes para o título de Ben Henderson, combate complicado e muito equilibrado. Maynard é mais experiente em lutas importantes, e isso pode contar a seu favor. Palpite: Maynard vence.

Glover Teixeira (20-2,  ) vs James Te Huna (16-5)

Duas promessas dos meio pesados, Glover e Te Huna podem protagonizar um grande combate, ambos trocam bem e possuem mãos pesadas, mas Glover é mais completo e pode vencer Te Huna se levar a luta para o chão e trabalhar golpeando para atacar alguma finalização. Combate duro! Palpite: Glover vence.

Junior dos Santos (15-2 ) vs Mark Hunt (9-7) 

Luta bem casada, Hunt tem um cartel que engana, passou uma fase desisteressado logo após o fim do Pride acumulando muitas derrotas, estreou perdendo no UFC, mas colocou a cabeça no lugar, e emplacou 4 vitórias seguidas. Perigoso, com mãos pesadas e afiadas pode complicar Cigano, que tem que manter a luta em sua distância e bater com velocidade, se movimentando, se possível colocando Hunt para baixo. Palpite: Cigano vence.

Cain Velasquez (11-1) vs Antonio "Pezão" Silva (18-4) 

Velasquez é um lutador consistente, difícil de ser batido, bom cardio, rápido na trocação, wrestiling afiado, Pezão já provou desse veneno e se manter a luta em pé e acertar seus golpes pode vencer devido a sua força absurda, entretanto, o americano é mais completo e tarimbado, favorito para manter seu cinturão. Palpite: Velasquez vence.


21 de mai. de 2013

UFC ON FX 8 - Belfort nocauteia mais um!

O UFC veio mais uma vez ao Brasil, o evento ocorreu em Jaraguá, Santa Catarina palco de um bom card que marcou a estréia de dois grandes nomes do Strikeforce no UFC, Ronaldo "Jacaré" Souza e Luke Rockhold, dois ex-campeões do finado evento californiano.

A estréia de Jacaré foi magnifica, não tomou conhecimento de Chris Camozzi e deu uma verdadeira aula de Jiu Jitsu ao americano. Simulou bem a troca, acertou bons golpes, sem pressa conseguiu a queda, a partir dai Carmozzi foi um espectador do passeio do brasileiro.

Jacaré conseguiu impor seu jogo, chegou a atacar um Omoplata, que possibilitou um giro espetacular, de guarda passada, trabalhou alguns golpes e da montada atacou com o Katagatame, apagando Carmozzi logo após sair para o lado e ajustar a posição.

Jacaré preparando a finalização

Camozzi indo dormir!



O Co main event agitou o público, a vitória de Jacaré embalou os presentes, quando Luke Rockhold (que havia vencido Jacaré anos atrás e tomado seu cinturão no Strikeforce) entrou no Cage teve que enfrentar o maior desafio de sua carreira, Vitor Belfort.

Belfort vinha de 9 vitórias em 11 lutas, sendo parado por Anderson Silva e Jon Jones, o carioca já havia noauteado Michael Bisping em Janeiro, e enfrentou mais um top dez dos médios, uma vez que Rockhold vinha com moral 9 vitórias consecutivas e um cinturão na bagagem.


A luta foi rápida, Rockhold sentiu o peso de enfrentar Belfort, ambos trocaram poucos golpes, Belfort pressionava, defendeu uma queda, e conseguiu conectar uma boa direita, o americano sentiu que podia se complicar. Mais estudos, trocas de low kicks, Rockhold tentou uma giratório, o brasileiro defendeu, e respondeu com mais um low kick. A partir dai veio a giratória espetacular que levou o americano a lona, Vitor completou o serviço e nocauteou com uma série de socos no ground and pound.



Vitor Belfort partiu para cima

Chute espetacular

Rafael dos Anjos bateu Evan Dunham na decisão polêmica dos juízes e Rafael Sapo venceu João Zeferino também na decisão.

Resultado dos palpites: 0 Erros  4 Acertos (Rafael Sapo, Rafael dos Anjos, Jacaré e Belfort)
Placar Geral: 31 Acertos e 23 Erros =  57%  de Acerto


Pela primeira vez, cravamos 100% de acertos!


16 de mai. de 2013

Palpites UFC ON FX 8 - Belfort x Rockhold





O UFC desembarca no Brasil, em Santa Catarina e coloca frente a frente duas gerações do MMA, Vitor Belfort, veterano, ex -campeão do GP dos Pesos Pesados do UFC (em seus primórdios) e Ex-campeão dos Meio Pesados contra Luke Rockhold,lutador da nova geração,  ex-campeão peso médio do Strikeforce. Belfort veterano busca sua revanche contra Anderson Silva e Rockhold quer mostrar seu valor para tentar fazer frente ao Spider!

Com Card razoável, ainda teremos a estréia de Ronaldo Jacaré no UFC pegando Chris Camozzi, o Ex-campeão peso médio do Strikeforce tenta sua escalada rumo ao topo dos pesos médios do UFC.



Como sempre vamos aos palpites do card principal



Rafael Natal (15-4-1) vs João Zeferino (13-4-0)

Rafael Natal busca regularidade no UFC, Zeferino uma tem uma grande oportunidade de aparecer para o mundo, acredito que a maior experência de Natal pode pesar quando fecharem as portas do cage. Palpite: Rafael Natal vence.

Rafael dos Anjos (18-6) vs Evan Dunham (14-3) 

Dois atletas que vivem um bom momento dentro dos pesos leves, Rafael tem um bom volume de luta, aprimorou bem a parte em pé, e tem um Jiu Jitsu afiado. Dunham boxeia bem, e se movimenta com facilidade, além de ser completo. Combate complicado, sem favoritos. Palpite: Rafael dos Anjos vence.

Chris Camozzi (19-5) vs Ronaldo "Jacaré" Souza (17-3) 

A luta mais previsível do card principal, mas isso pode ser uma grande armadilha, Jacaré pode vencer Camozzi impondo seu bom jogo em pé, e seu Jiu Jitsu espetacular, Camozzi é um bom lutador, raçudo e versatil, mas dificilmente vai achar alguma coisa contra o brasileiro. Palpite: Jacaré finaliza.

Vitor Belfort (22-10) vs Luke Rockhold (10-1) 


Vitor Belfort  é mais conhecido pelas mãos rápidas, e poder de nocaute, Rockhold é bem condicionado, técnico e difícil de achar no cage. Vamos ver como ambos vão reagir, um combate duro entre  dois dos melhores pesos médios do mundo. Vitor leva vantagem na força e explosão, Rockhold está acostumado com lutas longas e usa bem os chutes e clinche. Palpite: Belfort vence.


12 de mai. de 2013

The New Black - III: Cut Loose




Nota: 7

O que aconteceria se misturassem num liqüidificador musical Thin Lizzy, Black Label Society com alguns toques de Motorhead e algo do Anthrax da fase John Bush? Provavelmente algo interessante, e essa mistura existe, os alemães do The New Black conseguem condensar todas essas influências com muita personalidade.

A banda estreou em 2009 com  The New Black, ganhou mais destaque com o II:Better In Black de 2011 (meu álbum predileto deles) e aparece agora em 2013 com III: Cut Loose, a veia Rock' n' Roll dos caras vai agradar quem procura uma sonoridade simples e direta, combinando Hard Rock e Heavy Metal sem se preocupar em revolucionar o estilo, mas sim soar autêntico e verdadeiro.

Essa espontaneidade atrai a atenção e faz com que o The New Black ganhe contornos bem peculiares, o vocal de Fludid é rouco e estiloso, lembrando Zakk Wylde e algo de John Bush. As guitarras da dupla Christof Leim e Fabian Schwarz caminham diretamente para o som do Thin Lizzy nas harmonias dobradas  e solos, ainda contando com a adição de riffs mais pesados. A cozinha formada pelo baixista Günt Auschrat e o baterista Chris Weiss é sólida e marcante, se destacando pelo peso e ritmo que imprimem durante o album.

Qual seria o diferencial da banda? Porque ela chama a  atenção? Certamente por ter como objetivo divertir o ouvinte tocando Hard Rock, cadenciando ou acelerando quando preciso, colocando peso ou suavizando quando as músicas pedem, não espere epopéias progressivas ou experimentos com timbres e instrumentos, e sim uma banda sólida, competente que sabe bem o que quer.

Impossível não se empolgar com o refrão fácil de Count Me In, que foi single e primeiro clipe lançado, Cut Loose facilmente estaria em um album do Thin Lizzy, o grande trabalho do vocalista Fludid é o destaque, junto com um solo de gaita muito legal combinado com uma bateria pulsante!

Any Color You Like (As long as it's Black) tem uma letra bem sacada e uma pegada Hard Rock, cadenciada amparada por um grande refrão, diversão pura, som tipico para quem gosta de estradas. Not Quite That Simple vem pesada com um pé no acelerador, puxadas pelas guitarras da dupla Leim/Schawrz, numa bela sequencia de solos.

O groove do baixo de 
Günt Auschrat comanda  Sharkpool de maneira  contagiante, aqui a influência de Anthrax (fase John Bush) é lantente na voz de Fludid. A boa mistura de guitarras acústicas e bateria feroz de The Unexpected Truth chama atenção, assim como a a semi balada One Thing I Know quebrando o ritmo e trazendo diversidade essencial para um bom álbum!

Se você gosta de Hard Rock, guitarras dobradas e uma boa dose de peso e diversão, ouçam o quinteto alemão The New Black, recomendado para quem quer ouvir algo direto, honesto e muito divertido!

Cout Me In



Sharkpool




III: Cut Loose (2013)

01. Innocence & Time
02. Count Me In 
03. Muzzle & Blinkers 
04. Superhuman Mission 
05. Cut Loose 
06. Any Colour You Like (As Long As It's Black) 
07. Burning D 
08. Not Quite That Simple 
09. Sharkpool 
10. The Unexpected Truth 
11. One Thing I Know 
12. Antidote

13. Stuck (Acoustic) - Bonus Track

*Você pode comprar o álbum via iTunes com a faixa Bonus

A Banda 

Christof Leim - Guitarra
Fabian Schwarz - Guitarra
Fludid - vocais
Günt Auschrat - Baixo
Chris Weiss - Bateria

4 de mai. de 2013

Primal Fear - Seven Seals (2005) "Test Time Review" #5

Depois de ficar um tempinho (ou tempaço) sem escrever, resolvi voltar em grande estilo, pensei em algumas possibilidades, mas nada melhor do que poder falar de um dos meus discos preferidos de todos os tempos, "SEVEN SEALS" da banda germânica de Power Metal, o PRIMAL FEAR.

  1. Demons and Angels – 5:32
  2. Rollercoaster – 4:28
  3. Seven Seals – 3:54 (Sinner, Lundgren, Milianowicz)
  4. Evil Spell – 4:31
  5. The Immortal Ones – 4:19
  6. Diabolus – 7:54 (Sinner, Lundgren, Milianowicz)
  7. All for One – 7:53
  8. Carniwar – 3:17
  9. Question of Honour (Sinner cover; written by Sinner, Naumann) – 7:26
  10. In Memory – 5:07
Todas as músicas foram compostas por Scheepers/Sinner/Naumann/Leibing, exceto as especificadas.

Nota do Pseudo-redator: Voltei a utilizar os parênteses em "demasia", para expressar um pensamento que "me veio" enquanto eu redigia tal frase/parte. Dá uma sensação de "improviso", além de passar uma informação adicional (ou besteira adicional).

Haverão vários durante o texto a seguir!

Uma nova concepção de som


Depois de fazer três discos seguindo uma direção em comum (Nuclear Fire/Black Sun e Devil's Ground), a banda surpreende em OUSAR em um estilo que "costumeiramente" orgulha-se em fazer o mesmo tipo de som sempre... Então, é louvável ver uma banda desse calibre pensar em fazer som próprio.

A formação que gravou o disco, Em ordem: Stefan Leibing (Guitarra/Teclados), Mat Sinner (Baixo), Ralf Scheepers (Vocais), Tom Naumann (Guitarra), Randy Black (Bateria).

"E se os Sete Selos forem quebrados?"


Na música que dá nome ao disco, está a resposta deste título, mas o que o SEVEN SEALS representa pro PRIMAL FEAR? Literalmente uma "quebra", uma ruptura do que eles estavam fazendo, e procuraram achar um caminho próprio, algo que caracterizasse a banda. Ao menos é o que eles entregaram no material. Uma banda renovada, respirando novos ares, ousando, fugindo do comum, e é por isso que o disco é tão bom (além da qualidade de suas músicas).

Primeiramente, a qualidade da mixagem do material é EXCELENTE, e isso é explicado quando sabe-se que quem a fez foi nada menos que Mike Fraser, o disco foi gravado na Alemanha, mas mixado no Canadá. Mas quem é Mike Fraser? ... Bom, apenas vai uma lista das bandas das quais ele já trabalhou: ACDC, METALLICA, COVERDALE-PAGE, AEROSMITH, THE CULT, além de outras...

Bom, pelo "cartel" do cara, vem mais uma frase a sua mente: "Por isso que o som do disco é tão limpo, cristalino". Você ouve os arranjos nítidamente!

"Tá... mas e o disco em si?"

Depois de toda essa intro com informações, vamos à música!

Valeu pelo CD Raphael! (Sim, presente do meu irmão de Goiás)

O disco começa com uma intro truncada (não é trava-lingua) de teclado/sintetizador, guitarra base e bateria ...  "Demons And Angels" abre o disco de forma MAGISTRAL, mostrando de forma EMBLEMÁTICA a mudança de som da banda.

A música segue rápida, com mudanças de andamento, os arranjos do teclado e com uma guitarra furiosa!

Pra quem tava acostumado a ouvir um Primal Fear mais cru (guitarra/bateria/baixo e vocal), pode se assustar... mas depois que você repara nos detalhes o disco se torna incrível!... Flerta um pouco com Prog Metal (pela mudança de andamentos e seus arranjos, inclusive com cordas), enfim é um CLÁSSICO da banda!

Vale salientar o solo vindo de uma quebra de andamento, começa melódico, continua duplo, e depois fica rápido.

Então você repara no vocal e: "Peraí, cadê os agudos e notas altas?" Sim, Ralf Scheepers cantando com vocal rasgado, não abusando de notas altas (mesmo que algumas estejam lá). Não é a toa que ele é um dos meus vocalistas preferidos, vide sua versatilidade.

Calma ... é muita surpresa/mudança pra uma faixa só... mas tem mais:

O disco segue com "Rollercoaster", com um riff  incial SENSACIONAL! Mesmo sendo rítimico (acordes), não deixa de ser melódico. O andamento dela (música) muda 3 vezes, o que a torna única (sim, Randy Black trabalhando duro). Sem falar do solo duplo, refrão que gruda... resumindo, outro clássico!

Em seguida, vem a música homônima ao material ... "Seven Seals" começa com arranjo de cordas (sim, cordas...!)...  Nessa música você consegue entender melhor a mudança de som da banda, percebe-se claramente uma nova "direção" vocal do Scheepers. (Ironicamente, apenas nesse disco, é proposital). A música abusa de melodias cativantes, principalmente em seu solo (é, agora os elogios são para Stefan Leibing).

"Evil Spell" é uma das músicas mais pesadas da banda, e quebra TUDO! Rápida, pesada ... É tipo um: "Vejam como não perdemos a mão, mesmo com uma proposta nova".

Com um riff sujo, "The Immortal Ones" chega pra mostrar uma ... mistura das duas fases do Primal Fear, que alia a distorção de outrora, com uma variação rítimica de uma proposta atual. A música começa cadenceada, com um refrão grudento... toda distorção com o vocal rasgado, ficou SENSACIONAL! ... Já no solo, MAIS bumbo duplo e guitarra rápida. Baita som ! (Não é o Julio escrevendo aqui!)

Sombria, é o que pode-se falar sobre "Diabolus". Arrastada, com um clima pesado, com bastante distorção... mas não pára por aí ... depois do primeiro solo... muda o andamento pra uma parte MUITO melódica e rápida, em seguida, finaliza com o mesmo clima sombrio inicial. Épico!

"All For One" começa com uma parte calma, dedilhada ... apenas vocal e guitarra e em seguida ... vir aquela "piabada na zoreia"... Notas altas, distorção, bumbo duplo ... enfim, estamos falando de Primal Fear, né? Vale salientar o refrão grudento, além da positivade na letra.

Mesmo carregada, dando continuidade ao clima sombrio de "Diabolus", "Carniwar" chega com uma bateria presente, e as famosas "notas altas" de Ralf Scheepers. E mesmo "arrastada", não tem como não reparar no trabalho de Randy Black, nossa... faz o andamento com bumbo duplo, varia, quebra... muda o andamento, mostrando o quão técnico ele é.

Não é "Thunderdome" (música do debult do Primal Fear), mas "Question Of Honor" começa com chuva (ou barulho de chuva, enfim)... além de teclado, SIM, teclado. A música segue com guitarras duplas e melódicas... muda o andamento novamente e há um solo de TECLADO (eita porra, intro com teclado, solo de teclado, Primal Fear virou Sonata Artica? Graças a Deus que não). Após o solo de teclado há solos de guitarra, ora duplos, ora individuais. Os arranjos combinam e encaixam-se perfeitamente ao clima do material da banda, mesmo sendo cover do Sinner (The Nature Of Evil, de 1998), que tem uma versão mais crua.

Para fechar o disco, a banda resolveu apostar em uma balada. "In Memory" é uma música meio depressiva, mas uma BELA música. Uma letra que te faz pensar, elementos de corda, vocal limpo. Enfim, épica, melódica, harmônica, bem feita. A melhor "balada" do Primal Fear, de longe!

Há uma versão em DIGIBOOK com 2 "bônus tracks": "The Union" e "Higher Power", remetem a fases anteriores da banda, heavy metal tradicional. Ambas foram citadas como "possíveis nomes" das músicas que seriam lançadas no Seven Seals, creio que elas ficaram de fora por destoarem da proposta do novo material.

Resumo da Ópera (Acho que isso vai virar "bordão", pra quando eu for dizer as considerações finais sobre algum disco)


Sou suspeito, mas Seven Seals figura entre os grandes lançamentos de 2005, em um ano que teve VÁRIOS outros grandes lançamentos. Mas ele vai além disso, pela importância que ele é na discografia do grupo.

Ousar não faz mal a ninguém, mesmo em um estilo musical que tem um público conservador. E o melhor disso tudo, o Primal Fear encontrou O Primal Fear. Músicos de tal calibre, fazendo um som próprio, moderno, é digno de APLAUSOS.

Esse material ditou as "regras" dos próximos 2 lançamentos da banda, New Religion (2007), e 16.6 (2009), onde o PF continuou a acrescentar elementos novos em seus trabalhos.

Sabe o novo disco do Stratovarius? O "Nemesis" (de 2013), onde mostra uma banda com elementos novos, moderno, fazendo som próprio. Pois é... o Primal Fear fez isso em 2005 com o Seven Seals.

Cordas, samples, teclado, coral foram MUITO BEM arranjados aqui, em um disco que tem elementos progressivos (eu disse elementos, partes, não que o disco seja de metal progressivo), devido sua quantidade de variações, andamentos, melodias, arranjos. Coisa que só foi possível pelas pessoas envolvidas, seus integrantes, inclusive a produção, que tornou possível o material soar como "super produção". E claro, da qualidade do material em si.

Falando nos integrantes:

Ralf Scheepers

Proposta de material diferente? Uma faceta diferente! (Eu disse FACETA hein!)
Mostrou uma linha vocal diferente, com notas NÃO tão altas, mas de forma rasgada. Encaixou-se PERFEITAMENTE em algumas situações, principalmente acompanhando um punhado de distorção.

Sua qualidade como vocalista é inquestionável, mesmo sendo bastante underrated, infelizmente.






 

Mat Sinner

O fundador do Sinner e do Primal Fear (junto com Ralf), além de produzir o álbum, ajudou nas composições (é, redundante isso). O baixo não é tão presente como outrora, mas acompanha bem o andamento das músicas.



 








Tom Naumann

Problemático? Sim. Talentoso? DEMAIS! Responsável pelas guitarras do primeiro disco do Primal Fear, onde fez TUDO sozinho. Merece toda consideração possível, já que a linha de guitarra do primeiro material é absurda de boa!  No Seven Seals não é diferente. Riffs e solos sensacionais, funciona muito bem trabalhando com Stefan Leibing. Uma pena que saiu por problemas psicológicos.

Saiu da banda no final da turnê que promovia esse disco, os integrantes justificaram dizendo que estava difícil trabalhar com ele, já que desde a gravação do disco, ele dificultava as coisas, queria tocar quando queria, ou se quisesse... Foi sua segunda saída da banda.





Stefan Leibing

As linhas de guitarras desse disco são irrepreensiveis! E deve-se muito ao trabalho deste grande guitarrista... conseguiu, junto com o Naumann, fazer solos/bases/riffs memoráveis. Tudo muito bem arranjado, e detalhado. Além de acompanhar a variação das músicas. De quebra ainda tocou teclado.

Infelizmente saiu da banda em 2008 para cuidar da família. Faz uma BAITA falta pra banda.







 
Randy Black

Acredite, ele não ficou por último por ser baterista, e sim por ser O baterista. Individualmente é o trabalho que mais chama atenção. Extremamente técnico e versátil, usa e abusa de mudança de andamento/rítimo. Usa e abusa de bumbo duplo... enfim. Melhor trabalho feito por ele na banda, de longe! Pra fazer o review desse disco, ouvi com mais atenção (mesmo depois de 8 anos), e percebi até umas coisas novas na parte da percussão. BRAVO!

3 de mai. de 2013

O que vem por ai, grandes álbuns que estão para sair!



O Ano de 2013 está recheado de lançamentos, muitas bandas estão preparando novos álbuns que prometem agitar o mundo do Hard Rock e Heavy Metal neste ano, tem para todos os gostos, de Black Sabbath a Alice In Chains, tem muita coisa boa saindo do forno.


O Black Sabbath soltou God is Dead? marcando o retorno de Ozzy Osbourne no posto de vocalista do grupo, o álbum 13 , é o primeiro registro de músicas inéditas de 3/4 da formação clássica  (uma vez que Bill Ward está fora) desde Phsyco Man e Selling My Soul lançadas no Reunion de 1998. 

Confiram God is Dead? 

Lançamento em: 18/06/2013






Megadeth vem com Super Collider, novo álbum de estúdio da banda, que vem cercado de expectativas, muitos se decepcionaram com o single de mesmo nome, a sonoridade se aproxima do trabalho Crypctic Writings de 1997, mas certeza que no mesmo álbum teremos músicas pesadas e intrincadas. Vale conferir!


Confiram: Super Collider

Lançamento em: 04/06/2013




Após Black Gives Way To Blue de 2009, o Alice In Chains retorna com seu novo registro The Devil Put Dinosaurs Here contando com a boa repercussão do registro anterior, o quarteto de Seattle promete mais um grande álbum. o single Stone já está tocando pelas rádios no mundo todo.

Confiram: Stone

Lançamento: 28/05/2013







O Queensrÿche passou por uma tempestade que parecia não ter fim, desde 2009, o ex-vocalista Geoff Tate iniciava uma ditadura dentro da banda que arruinou toda a reputação dos músicos envolvidos, após o fiasco de Dedicated to Chaos, os três membros fundadores Michael Wilton, Scott Rockenfield e Eddie Jackson demitem Tate, e iniciam uma parceria com Todd LaTorre, que assumiu os vocais,e revitalizou a banda, contando ainda com Parker Ludgren nas guitarras, preparam o álbum Queensrÿche.  Redemption mostrou a força da banda após um periodo turbulento.

Confiram: Redemption 

Lançamento em: 24/06/2013








O Masterplan passou por um forte hiato desde o fim das gravações de Time To Be King em 2010, o vocalista Jorn Lande abandonou o barco, e a banda não saiu em turnê. Roland Grapow remontou a banda, convocou o talentoso Rick Altzi para assumir os vocais, e Novum Initium finamente vai ser lançado. The Game é o inicio da nova era 

Confiram: The Game

Lançamento em: 18/06/2013






Lembrando que o Its Electric vai resenhar estes e muitos outros lançamentos ao longo deste ano!

Divirtam-se!